Quando lidamos com atletas de qualquer modalidade esportiva, temos que invariavelmente trabalhar a musculatura do core – ele é a estrutura-base do nosso corpo, onde todos os movimentos funcionais se originam: do centro para a extremidade.
Quando realizamos um deadlift, um clean, um overhead squat, um snatch, um push-up, por exemplo, estamos envolvendo nosso core que, nada mais é que o centro do nosso tronco (basicamente abdome e lombar).
Coincidentemente, a queixa mais comum de pacientes em um consultório ortopédico é dor lombar. O principal motivo? Fraqueza e instabilidade do core. E isso é fácil de tratar e prevenir.
Nós temos três pilares que garantem a estabilização da nossa coluna lombar: músculo transverso do abdome (TA), multifidus (M) e ísquio-tibais (IT). O fortalecimento do TA e M associado ao alongamento adequado dos IT promove um equilíbrio de forças musculares na região do nosso core, estabilizando a lombar e permitindo que realizemos movimentos funcionais no dia-a-dia (ou durante o treino com pesos) sem risco de lesão.
Estudos biomecânicos demonstram que os estabilizadores do core (TA e M) são melhor fortalecidos com exercícios de isometria. Assim, exercícios como prancha e L-sit são excelentes para o fortalecimento do transverso do abdome. Além disso, movimentos funcionais básicos, como agachamento e terra, recrutam fibras tanto do TA como do multífidus durante a sua execução, sendo ótimos para o fortalecimento e estabilização lombar.
Portanto, independente da modalidade esportiva praticada, o core deve ser priorizado tanto para proteger a coluna lombar do atleta, como para melhorar sua performance em movimentos que exigem força e estabilidade de tronco.
Grande abraço
Até o próximo vídeo.