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CUIDADO COM ESSES TRÊS "ACHISMOS"

CUIDADO COM ESSES TRÊS "ACHISMOS"
Felipe Kutianski
set. 18 - 3 min de leitura
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Não sei ao certo como isso começou ou como é difundido tão rapidamente, mas a reprodução de senso comum e palpites cresce de maneira tão vertiginosa que é difícil acompanhar esse ritmo. 

Minha ideia nessa matéria não é apontar o que pode ser duvidoso, mas sim apresentar pontos técnicos e fortemente embasados para clarear a linha de raciocínio de alguns profissionais e entusiastas do fitness.

"3x10 É A BASE DE TUDO?"

Eu sei, parece sim uma Kabbalah Fitness, mas realmente quase tudo segue os dois números holísticos das academias: 3 séries de 10 repetições. A verdadeira ideia por trás desses números é para promover (teoricamente) um desequilíbrio hormonal e bioquímico no organismo, afim de desencadear determinadas mudanças no organismo, como: aumento da acidez , elevação de lactato, aumento de íons de hidrogênio, etc.

Mas a grande chave do sucesso aqui é: músculo não conta séries e nem repetições. Todos os seus músculos respondem apenas aos estímulos que você desenvolve, seja eles mecânicos ou bioquímicos, pois é o tempo de contração moderado ou alto que produzem maiores picos de GH, favorecendo os ganhos musculares.

O tempo é o verdadeiro amigo dos músculos, pois é através dele que toda mágica acontece. Por exemplo, a musculação "tradicional" é resumida (não é uma generalização, mas só um cálculo) em levantar um peso de cerca de 80% da repetição máxima por 8 a 12 repetições por um período de 40 a 60 segundos, ou seja, manter uma ativação muscular na média de 321 segundos

O grande ponto é entender o por quê desses números no treino, e não que 3x10 é melhor ou pior que 4x15, etc.

"CORRER OU NÃO CORRER DEPOIS DA MUSCULAÇÃO, EIS A QUESTÃO"

Essa é sem dúvida uma mas maiores buscas do google, ficando atrás apenas do clássico "como ficar rico trabalhando pouco".

Para esclarecer essa dúvida, vou citar 3 autores rapidamente:

  • J. P. McCarthy (2002) - Mostra-se favorável à tese de que os aeróbios e musculação podem ser realizados concomitantemente sem grandes prejuízos.
  • W. J. Kraemer (1995) - Concluiu que existe pouca diferença na hipertrofia muscular, porém, as fibras tipo I podem apresentar prejuízo em seu aumento transverso.
  • Y. Takarada (2000) -  defende que uma predisposição ao acúmulo de metabólitos pode ser interessante para hipertrofia, portanto a realização prévia de outras atividades poderia até ser benéfica.

Observe que exitem várias linhas de pensamentos sobre o tema, algumas em defesa, outras em ataque e até algumas em neutralidade sobre a utilização dos aeróbios na musculação, entretanto, o melhor caminho a ser seguido é sempre aquele que seu professor lhe orientar.

"QUANTO TEMPO DEVO FICAR ALONGANDO?"

Existem tantos posicionamentos sobre esse tema, que chego até a ficar com frio na espinha, mas vamos lá!

Uma gama de estudos (mais de 103) defendem que piores resultados são obtidos por volta dos 15 segundos de estiramento das fibras, mas também apontam que alongar por 30 ou 60 segundos não apresenta grandes diferenças, deixando então o tempo de 30 segundos como suficiente para promover os melhores resultados e otimização do tempo.

Enfim... você não precisa ficar muito tempo se "esticando" no espaldar para  obter bons ganhos sobre flexibilidade.

Esses foram alguns pontos que gostaria de deixar claro para vocês! 

Obrigada pela leitura, 

Grande abraço! 

 


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