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ANTES DE ESCOLHER SEU TÊNIS, ESCOLHA SEUS HÁBITOS!

ANTES DE ESCOLHER SEU TÊNIS, ESCOLHA SEUS HÁBITOS!
Felipe Kutianski
out. 30 - 4 min de leitura
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O Homo sapiens tem uma habilidade incrível em levar a maioria de suas ações para um caminho mais rápido, quase sempre curto, sem muito esforço e se possível, com muitos ganhos envolvidos. Porém, o fitness não é como Wall Street, onde caminho é mais palpável. Seu organismo compreende facilmente quando você está especulando resultados rápidos sem esforço.

Nessa linha de pensamento, Duhingg (2012) esclarece que hábitos podem ser criados, transformados e até removidos, desde que o mecanismo de funcionamento seja corretamente compreendido e cuidadosamente orientado. O ponto fundamental está no entendimento que possuímos sobre hábitos bons e ruins. É nesse ponto que a prática de exercício físico pode inicialmente ser interpretada como algo negativo ao organismo, pois envolve uma enorme demanda energética para sua ação, apresenta estímulos inflamatórios ao corpo, é normalmente seguida de desconforto muscular, entre outros. Em resumo, seu cérebro dificilmente terá um “amor à primeira vista” com exercício físico.

Pensando nessa primeira barreira comportamental, é de fundamental importância compreender que algumas “tarefas de casa” podem auxiliar no processo de reestruturação de hábitos saudáveis.

HOJE E NÃO AMANHÃ!

Não sabote sua mudança usando desculpas sem fundamento. Segunda-feira ou domingo, tanto faz, pois seu organismo não sabe o significado de calendário,  não conta repetições e muito menos interpreta suas sabotagens. Não deixe para amanhã o que você pode iniciar hoje. Segundo Roberge (2018), o processo de auto-sabotagem é uma das principais barreiras na elaboração de qualidade de vida saudável.

QUANTIFIQUE SEUS OBJETIVOS!

As frustrações por metas inalcançáveis são um dos “chefes” da barreira, pois aqui podemos encontrar o fim do processo de mudança. Zaichkowsky (1993) coloca um mecanismo de tripla ação: a ativação fisiológica, a resposta comportamental e a resposta emocional. Esse mecanismo serve para analisar o grau de ansiedade do atleta e qual suas respostas ao objetivo proposto.  É importante você ter total compreensão da real capacidade diante do objetivo almejado, por isso a frustração decorrente da ansiedade pode ser uma ferramenta muito potente na “fragmentação do sonho”. Neste caso, divida seu objetivo principal em pequenos objetivos de curto e médio prazo, assim você conseguirá acompanhar de forma mais concreta (e menos ilusória) suas evoluções no treinamento físico.

ENCONTRE SEU ESPELHO!

É normal colocarmos pessoas como referências para nossas metas. Focar em um físico de referência não é um problema, mas não ter lúcida compreensão de que somos organismos totalmente diferentes e que existe 99,99% de chance de você não ficar idêntico ao seu ídolo... aí “temos um problema, Houston”. É importantíssimo manter-se motivado e ter boas referências, desde que isso não entre em uma roda de ansiedade e frustração desgovernada.

A grande dica final apresentada por Graybiel (2014) para você sair do sofá e buscar uma melhor Qualidade de Vida, é substituir hábitos de dependências padrão (stand-by) por habitação de ação. Por isso, anote o máximo de fatores que você considera negativo e comece de forma simples e básica por eles.

 

 

 

 

NÃO INVENTEI:

Duhingg, C. The Power of Habit. [S.l.]: Random House. NY, 2012.

Roberge, J.B. Lifestyle Habits, Dietary Factors, and the Metabolically Unhealthy Obese Phenotype in Youth. J Pediatr. 2018 Oct 23.

Zaichkowsky L, Takenaka K – Optimizing arousal level. In. Singer RN, Murphey M, Tennant LK eds. Handbook of Research on Sport Psichology.New York, MacMillan, 1993.

Graybiel, A.M. & Smith, K.S. How the brain makes and breaks habits. Scientific American, June 2014.


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