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CALISTENIA: os 4 erros mais comuns no treinamento

CALISTENIA: os 4 erros mais comuns no treinamento
Felipe Kutianski
jun. 21 - 4 min de leitura
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A calistenia vem ganhando uma fatia enorme do mercado fitness desde 2010, mas foram nos últimos três anos que o cenário deu um maior destaque para a modalidade, principalmente pelo aumento de praticantes e pela difusão através das mídias sociais. 

Antigamente, uma pessoa só tinha contato com a calistenia dentro das aulas de Educação Física na escola. Hoje, você pode encontrar em quase todas as academias (veja também 5 motivos para ter calistenia na sua academia), box de CrossFit, praças, parques e milhares de perfis no Instagram.

Mas como tudo na vida, nada é só alegria. Com o aumento na procura pela modalidade, o número de professores e alunos que a utilizam para se exercitar cresceu abruptamente e, consequentemente, uma "caixa de pandora" de erros e invencionismos mais bizarros foi aberta no mercado.  

Para facilitar a periodização de alguns entusiastas, vou listar os 4 erros mais comuns encontrados nos treinos calistênicos:

1- VOLUME É DIFERENTE DE INTENSIDADE!

Sem sombra de dúvidas este é o erro mais encontrado nos treinos calistênicos, principalmente pela conclusão baseada apenas em senso comum, de que calistenia está ligada diretamente a um grande volume de treinamento. 

Muitos profissionais de Educação Física elaboram uma periodização, relacionando grandes números de séries e repetições à intensidade do treinamento. 

A intensidade pode ser obtida de inúmeras formas: por velocidade, tempo, amplitude, etc. Não é preciso deixar o treino monótono e chato com grandes volumes. Um treino calistênico pode ser realizado em 10 minutos e ser incrivelmente intenso.

2- O PESO CORPORAL NÃO É UM FATOR LIMITANTE!

Muitas pessoas temem os exercícios calistênicos por possuir um peso corporal acima da média (sobrepeso), criando um "misticismo" sobre a modalidade.

Esta é uma das práticas de exercício físico mais democrática que existe, pois cada pessoa é responsável pela sua carga de trabalho, intensidade e ritmo.

O peso corporal é a base de toda a prática, então, todas as pessoas são aptas para executar, desde que bem orientadas. Os movimentos mais básicos do ser humano são calistênicos, como: caminhar, levantar, correr e saltar. Independente de quantos quilos uma pessoa esteja pesando, ela pode (e deve) realizar os movimentos calistênicos mais básicos para a elaboração de uma periodização.

3- PENSE FORA DA SALA DE MUSCULAÇÃO!

Uma das maiores dificuldades dos profissionais na elaboração de um treino de calistenia é pensar em práticas livres de equipamentos ou acessórios. 

É praticamente algo "natural" um professor de Educação Física passar bons anos de sua vida profissional dentro do ambiente de academia, tornando seu olhar mais engessado sobre atividades "livres". 

A calistenia clássica segue como base os seguintes pilares: agachamentos, flexões, puxadas, abdominais e pranchas. Dentro destas bases, a variedade de movimentos e progressões que podem ser realizadas é enorme. O grande cuidado neste ponto é desenvolver uma análise sobre os movimentos através de um olhar técnico (biomecânico, cinesiológico, fisiológico, etc.) e não invencionista de internet.

4- NÃO ENTENDER AS VARIEDADES DE ESTÍMULOS!

Muitos praticantes desconhecem o enorme leque de variação de estímulos que um treino calistênico pode oferecer. Além de apresentar uma predominância mais metabólica, podem oferecer estímulos pouco explorados dentro dos treinos de características mais tensionais (como musculação, por exemplo). 

Movimentos executados com pré-estiramento são muito comuns no universo da modalidade, pois quase todos os exercícios são trabalhados nos limites articulares, trazendo ganhos positivos aos seus praticantes. O pré-estiramento também pode ser realizado dentro de uma sala de musculação com halteres, barras, etc., mas oferecendo uma porcentagem maior de risco articular, se mal orientado. Já as práticas calistênicas oferecem um maior conforto e confiança, pois trabalham dentro do limite de carga (peso corporal) e amplitude já familiarizada por parte do aluno.

Por fim, é sempre bom lembrar que qualquer atividade deve ser desenvolvida através de um olhar profissional, mesmo que seja apenas um treino com seu peso corporal na sala.

Até a próxima!

 

 


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